Como a Inteligência Artificial na educação está mudando a realidade dos educadores? Como os sistemas educacionais se adaptarão? Será que os desafios já estão no radar? Vamos tentar entender qual é a importância da nossa inteligência, comparada à da máquina!
No Reino Unido, as 24 universidades do Russell Group tomaram decisões importantes quanto a isso! Clica aqui para ver as iniciativas pioneiras!
Entendendo a IA Generativa
A IA Generativa é como o novo astro no mundo da inteligência artificial. Pense nela como um sistema inteligente que pode criar conteúdo com base em uma quantidade gigantesca de dados com os quais foi alimentada. Mas, atenção: apesar de ser meio gênio à sua maneira, ela não tem algumas características humanas essenciais, como compreensão, sentimentos e ética.
Claro, essa ferramenta tem alguns truques legais, como ser super acessível, personalizada e nunca julgar você por fazer “perguntas bobas”. No entanto, quando se trata de ensinar, a IA nem sempre entende o contexto ou as variáveis próprias das experiências humanas. Então, pode ser um ótimo assistente, mas não vai substituir o professor tão cedo.
Aprendizado tradicional vs. a disrupção da inteligência artificial
Você se lembra dos bons e velhos tempos em que estudar era tudo sobre conseguir aquele “A” ou aquele adesivo de estrela dourada? Isso é o que chamamos de modelo focado no produto. É tudo sobre avaliação do resultado final.
Mas e agora?Quando a inteligência artificial pode criar esses “resultados”, esses “produtos da aprendizagem” e sem esforço nenhum esforço? Fica muito mais difícil distinguir se aquela dissertação sobre Shakespeare foi trabalho de um aluno ou uma obra-prima da IA.
Está mais do que na hora de focarmos mais na jornada do que no destino. Deveríamos considerar como aprendemos e nos desenvolvemos, em vez de apenas a nota que recebemos no final. A máquina pode até dar o resultado final, mas nada substitui o processo de aprendizagem!
Jogo da Motivação: Autêntico ou Artificial?
Hora de falar a real: O plágio não é novidade! Mas é verdade que com a inteligência artificial o problema aumentou consideravelmente. Talvez agora o verdadeiro desafio esteja mais em como motivar os alunos.
Somos seres naturalmente curiosos e isso é um ponto importante de ser estimulado. A curiosidade expande os horizontes, e é o que nos motiva a aprender mais. Lembra-se dos seus dias de criança cheios de “por quês?”. Isso é motivação pura!
Quando as escolas se transformam em fábricas de aprendizagem mecânica e desenvolvem mecanismos ineficientes de recompensas, podem sufocar essa curiosidade inata. Prêmios podem até fazer uma criança estudar, mas se for só nisso que confiamos, cuidado! O plágio será tão comum quanto memes de gatinhos e cachorrinhos na internet.
É preciso pensar um jeito de atribuir um peso diferente ao que se aprende em sala de aula, a motivação precisa ser olhada com mais atenção a partir de agora.
Inteligência artificial é o professor supremo? Pense de novo!
A inteligência artificial é ótima em ensinar fatos, procedimentos e até algumas habilidades socioemocionais até certo ponto, mas é preciso mais profundidade de entendimento, contexto e experiência. Somos seres construídos com muito além do que constrói uma máquina.
A inteligência artificial na educação pode trazer importantes contribuições, como trouxe vem trazendo também para várias áreas das ciências. Você pode conferir clicando aqui!
Mas professores, com suas ricas trajetórias, entendem as lutas dos alunos. Seus ensinamentos vêm de experiências reais de um ser humano que teve a sua jornada e agora passa esse repertório adiante. A inteligência artificial pode cuspir conhecimento objetivo, mas não vai se conectar! Não existe uma história pessoal, a bagagem de uma vida, não existe compartilhamento de sua vivência ou uma maneira de realmente entender emoções e interações humanas.
E a educação nas escolas não se reduz a conhecimentos objetivos, é a construção de um indivíduo único, em todas as suas nuances! A inteligência artificial na educação muda o jogo, e mais do que nunca, o papel do professor é fundamental.
Inteligência artificial na educação: Um guia rápido para educadores
As preocupações com plágio podem aumentar pelo volume de ocorrências, e por isso é preciso que docentes e discentes estejam falando a mesma língua. Essa é a melhor oportunidade para que a tecnologia seja só mais uma ferramenta. Para ajudar a quebrar o gelo, aqui tem uma listinha rápida, direto e reto.
- Desmistifique a inteligência artificial! Use analogias, como compará-la à luz da lua (reflete, mas não é original) ou a um cérebro vazio.
- Veja a IA como um potenciador de aprendizagem, não o ato principal.
- Valorize a jornada do aprendizado.
- Dê aos alunos a liberdade sobre como querem aprender.
- Permita que os alunos brinquem com a IA, como o ChatGPT e busque orientá-los sobre como usar.
- Crie uma narrativa de valorização do ser humano, mesmo diante dos resultados surpreendentes da IA.
- Incentive aquela curiosidade natural.
- Busque cursos livres para aprender como aplicar e educar sobre esse novo recurso. É um momento de ser aluno também!
- Cultive habilidades onde a inteligência artificial fica para trás: pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas complexos.
- Forme uma parceria com a inteligência artificial, em vez de proibir.
…E aqui vai 6 ferramentas indicadas pela Harvard University
A maior parte dessas ferramentas, infelizmente, não está disponível em português AINDA. Por enquanto está assim, mas como tudo está mudando o tempo todo quando o assunto é inteligência artificial… o acesso no nosso idioma possa estar disponível a qualquer momento (sei lá se não pode estar até quando esse artigo sair 🤪)!
Mesmo sem disponibilidade em português, pode ser interessante entrar e dar uma conferida nos recursos. E claro, também podemos usar a criatividade para integrar essas ferramentas na rotina educacional desde já, mesmo que não estejam em português: Por exemplo, a Zhorai pode ajudar a deixar as aulas de inglês mais interessantes!
- ChatGPT ou Bard: Plataformas baseada em GPT que simula conversas humanas. Serve para brincar com IA e ver como ela responde.
- RAISE (IA Responsável para Empoderamento Social e Educação): Um projeto do MIT que quer popularizar a IA. Eles têm cursos, webinars e até financiam pesquisas sobre o tema.
- CRAFT (Recursos Prontos sobre IA para Sala de Aula): Feito pela Stanford, o CRAFT traz atividades e planos de aula para ensinar IA para qualquer idade.
- Elements of AI: São cursos grátis online feitos pela Universidade de Helsinque e pela Reaktor. Eles ensinam desde o básico até coisas como redes neurais e ética em IA.
- Currículo DAILy: Um conjunto de atividades feitas pelo MIT para ensinar alunos do fundamental sobre IA. Tem coisas como criar chatbots e analisar dados.
- Zhorai: É um chatbot feito para ensinar aprendizado de máquina para crianças. Ele conversa sobre IA e ajuda a entender conceitos como dados e algoritmos.
E agora, um choque de realidade: nosso currículo atual muitas vezes prioriza habilidades nas quais a inteligência artificial é super boa, mas ela não consegue replicar facilmente o julgamento humano, intuição.
Só os professores têm o conhecimento tácito que podem desenvolver o melhor dos alunos, apresentando-lhes problemas reais, multifacetados, com uma dose do seu conhecimento que vai além da grade curricular. Empatia, inteligência emocional, pensamento criativo – não são apenas palavras da moda, são habilidades reais e valiosas que a IA não consegue replicar. Isso gera conexão e um aprendizado que não se encerra em métodos engessados.
A onda da inteligência artificial na educação é fascinante, sem dúvida, mas é só mais uma peça da engrenagem – uma parceira, não uma substituta. O coração e a alma da educação ainda giram em torno da conexão humana, do entendimento e do crescimento. Não se trata de formar técnicos, trata-se de formar seres humanos melhores.
É o momento de afastar alunos da algoritmização do pensamento e abrir novos horizontes, e isso só poderá acontecer porque não estão formando máquinas, e sim indivíduos em sua ampla capacidade de desenvolvimento pessoal. A combinação da expertise humana com o poder da inteligência artificial na educação pode redefinir a aprendizagem.
Fonte: Harvard University