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A Inteligência Artificial sente cheiro? 

Coisa de humano? Pensa duas vezes! Inteligência Artificial sente cheiro sim, pelo que parece! Essa tecnologia aprendeu como interpretamos aromas e anda descrevendo essa sensação de um jeito muito parecido com o nosso! 

Uma inteligência artificial foi treinada para descrever cheiros apenas analisando estruturas moleculares. Os pesquisadores utilizaram o sistema para listas compostos a descrições familiares como ‘frutado’ ou ‘gramado’. E acredite ou não, isso deu muito certo.

O mais incrível é o potencial desse experimento. Esse guia de aromas com apoio de inteligência artificial pode revolucionar as indústrias de perfumes, abrir portas para a criação de novas fragrâncias sintéticas, além de permitir entender mais sobre como nossos cérebros interpretam os cheiros. Quem sabe essa IA não possa até substituir humanos para detectar compostos que possam ser um risco à sua saúde quando inalados. 

Já tem até um grupo de especialistas questionando a presença de consciência na IA. Olha só como está a discussão sobre isso. Clica aqui!

Como a Inteligência Artificial sente cheiro

Sabe quando um perfume específico pode despertar algumas lembranças em nós? Isso ocorre porque os cheiros têm acesso VIP aos centros de memória e emoção do nosso cérebro, sem passar por outras áreas. É uma conexão direta, o que explica por que aquele aroma de biscoitos recém-assados pode te transportar direto para a cozinha da sua avó. 

O neurobiólogo, Alexander Wiltschk, que está envolvido em uma startup que tem o desafio de projetar novos odorantes, diz que realmente há algo especial sobre o cheiro das coisas.

A equipe criou uma rede neural sintética que pode associar um odorante a uma ou mais de 55 palavras descritivas, de ‘peixe’ a ‘vinho’. Eles expuseram este nariz digital a cerca de 5.000 cheiros diferentes e analisaram a relação entre sua estrutura química e o aroma.

A inteligência artificial identificou cerca de 250 padrões específicos que conectam a composição de um químico a um cheiro específico. Com esse conhecimento, eles desenvolveram o que é chamado de Mapa Principal de Odor (ou POM, na sigla em inglês), que é o que guia o sistema para identificar os odores.

Para tornar as coisas interessantes, os pesquisadores colocaram a inteligência artificial contra narizes humanos. Eles treinaram 15 voluntários para associar cheiros específicos ao mesmo conjunto de palavras descritivas usadas pela IA. 

Depois apresentaram a ambos (grupo de humanos e inteligência artificial) aromas desconhecidos que não existem na natureza, com a proposta de descrevê-los. O experimento apontou que as respostas da inteligência artificial geralmente eram muito próximas à descrição média do humano, frequentemente até mais precisas do que as suposições individuais.

Stuart Firestein, neurocientista da Universidade Columbia, na cidade de Nova York, vê muito potencial, especialmente para indústrias que produzem nossos alimentos ou produtos de limpeza. Mas ele também destaca que isso não necessariamente decifra o código de como nossos próprios narizes e cérebros trabalham juntos.

Enquanto isso, Pablo Meyer, biólogo de sistemas do IBM Center for Computational Health em Yorktown Heights, Nova York, lembra que o cheiro é profundamente pessoal, o que quer dizer que ser bom ou ruim pode ser relativo. Então, será que podemos realmente padronizar descrições de cheiro?

O cheiro do futuro  

Wiltschko quer ir além e entender como diferentes aromas se mesclam e influenciam uns aos outros. Já se perguntou por que um perfume com notas de rosa e baunilha não cheira exatamente como rosas e baunilha? Esse é o mistério que Wiltschko pretende decodificar. Mas não será fácil. 

Ao combinar 100 moléculas em grupos distintos de 10, temos impressionantes 17 bilhões de variações. Esse número de combinações possíveis se torna rapidamente tão grande que é um desafio para um computador analisar. Mas Wiltschko está engajado e diz que prever cheiros misturados é a próxima fronteira. 

A pergunta que não quer calar é: Se a inteligência artificial sente cheiro, seria essa uma espécie de subjetividade da máquina? Será que tem como simular os sentidos humanos? 👀 Ninguém falou nada sobre o assunto, não. Isso é só o tipo de papo que rola aqui nos bastidores do Futuro Relativo quando vemos experimentos como esse! 😬

Fonte: Nature

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