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Crise climática: O impacto do derretimento da imensa camada de gelo da Groenlândia

A crise climática vem sendo assunto no mundo todo. O aquecimento global, tema tão em voga nos últimos anos, está fazendo suas vítimas, entre elas, está a imensa camada de gelo da Groenlândia. 

Se você já se sentiu preocupado ao ouvir notícias sobre as mudanças causadas pela crise climática, esse artigo traz informações essenciais sobre como o degelo em andamento pode afetar nossa vida no planeta e o que podemos fazer para salvar esta gigantesca reserva de gelo.

Se você nunca parou para pensar sobre o tamanho e a importância da camada de gelo da Groenlândia, saiba que ela é vasta o suficiente para elevar os níveis globais do mar em impressionantes 7 metros caso derreta completamente. Anualmente, essa região já está perdendo cerca de 270 bilhões de toneladas de gelo, contribuindo de forma significativa para a elevação do nível do mar em mais de 4mm por ano.

Com as altas temperaturas registradas em 2023 em função da crise climática, onde os meses de junho, julho, agosto e setembro quebraram recordes históricos, fica evidente a necessidade de ação, especialmente porque essa tendência aponta para 2023 como o ano mais quente já registrado.

O principal vilão por trás dessas transformações são as mudanças climáticas em decorrência das ações humanas. De acordo com pesquisas recentes, se a temperatura global ultrapassar a marca de 2,3°C acima dos níveis pré-industriais, o processo de degelo na Groenlândia pode acelerar drasticamente. E estamos perigosamente perto dessa marca: as projeções para 2023 indicam uma temperatura média global de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Nem tudo está perdido

A inteligência artificial pode ser uma poderosa aliada para prever os efeitos da crise climática. Clica aqui e dá uma olhada como essa tecnolgia pode ajudar!

A boa notícia é que, mesmo com a crise climática e mesmo se as temperaturas globais superarem essa marca crítica, ainda há esperança. 

O Acordo de Paris de 2015, uma espécie de tratado global para combater o aquecimento global, estabelece a meta de limitar o aquecimento a 2°C e, idealmente, a no máximo 1,5°C. Se, por algum motivo, as temperaturas atingissem picos como 6°C acima dos níveis pré-industriais, mas depois fossem reduzidas para a meta de 1,5°C dentro de alguns séculos, poderíamos mitigar boa parte dessa perda de gelo.

Nils Bochow, diz Nils Bochow, cientista climático da UiT, Universidade Ártica da Noruega, em Tromsø, e principal autor do estudo recente sobre esse tema, ressalta que não condenamos necessariamente a camada de gelo da Groenlândia só porque ultrapassamos esses limites, mas também alerta sobre a importância de agir agora, pois cada minuto conta.

Crise climática e o futuro

Os pesquisadores utilizaram modelos climáticos para avaliar diferentes cenários e como as camadas de gelo responderiam. Os piores impactos da crise climática poderiam ser evitados se o aquecimento global ficasse abaixo de 2,5°C.

No entanto, ultrapassar esse limite, mesmo que temporariamente, traria como consequência uma elevação do nível do mar de vários metros, afetando regiões costeiras ao redor do mundo.

Claro, como em toda pesquisa, existem ressalvas. Mudanças de curto prazo, como alterações nas correntes oceânicas, e o aquecimento mais acelerado no Ártico, não foram completamente consideradas, e ainda há o desafio de como, exatamente, conseguiríamos reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa no futuro.

Para Michele Petrini, cientista do sistema Terra no Centro Norueguês de Pesquisa NORCE e no Centro Bjerknes para Pesquisa Climática em Bergen, o que estamos fazendo atualmente não é suficiente. Precisamos fazer mais e mais rápido.

A mensagem é clara: enquanto há chance de prevenir consequências mais drásticas da crise climática, a ação imediata é crucial, quanto mais esperarmos, mais caro e difícil será o processo de reversão. O gelo da Groenlândia pode ainda ter salvação, mas a chave está em nossas mãos, começando com a conscientização, seguida de ações práticas para proteger nosso planeta. E a hora de agir é agora.

Fonte: Nature | Artigo completo disponível

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