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Desvendando o Sol: O que a ciência descobriu sobre o vento solar

A ciência tem muitos desafios quando o assunto é o Sol, e a atual revelação sobre os ventos dele, graças a algumas missões espaciais verdadeiramente ousadas, estão nos permitindo avançar com alguns detalhes bem importantes! 

O Sol não é apenas nossa principal fonte de vitamina D, ele está constantemente enviando um fluxo de partículas carregadas conhecido como vento solar. Esse vento flui para fora, se afastando da superfície do Sol em velocidades impressionantes – estamos falando de centenas de quilômetros por segundo. A origem deste vento tem sido um dos grandes enigmas para a ciência.

O vento solar é  responsável por aqueles céus surreais e coloridos chamados auroras, como a icônica Aurora Boreal. Entender mais sobre esse vento vai além do simples desejo humano de desvendar as origens desses incríveis fenômenos naturais. A importância também é pelos possíveis estragos que esses ventos podem causar em nossos satélites

As novas descobertas da ciência sobre o Sol

Pesquisadores como Lakshmi Pradeep Chitta do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, decifraram uma parte desse mistério. Usando a sofisticada nave Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia, eles descobriram que nosso Sol tem estes ‘jatos picoflare’, que são pequenas explosões ou mini jatos de gás superaquecido. São chamados assim porque têm cerca de um trilionésimo da energia das maiores explosões que o Sol pode produzir, e o prefixo ‘pico’ refere-se a 10–12

A ciência tem novidades desde as imagens de alta resolução captadas em março de 2022, que revelaram que em uma curta vida útil, entre 20 a 100 segundos, um jato desses emite a energia equivalente ao que 3.000 a 4.000 residências nos EUA podem consumir em um ano inteiro.

Esses jatos picoflare podem ser a chave do mistério do vento solar. Eles parecem expelir material da superfície do Sol e, à medida que surgem e desaparecem, podem estar empurrando vastas quantidades de partículas para o espaço, o que alimenta o vento solar.

Essa observação foi possível graças ao Solar Orbiter, que voava mais perto do Sol do que Mercúrio, a apenas 45 milhões de quilômetros de distância. Desde o seu lançamento em 2020 essa nave tem traçado uma rota elíptica ao redor do Sol, abastecendo os pesquisadores com informações valiosas, revelando estruturas e fenômenos nunca antes vistos.

Curiosamente, os jatos picoflare foram observados no que a ciência chama de “buraco coronal“. Pense neles como brechas temporárias no manto magnético do Sol, que atuam como portais para partículas acelerarem para o espaço. Há algum tempo suspeitava-se que esses buracos coronais tinham algo a ver com o vento solar, mas agora talvez saibamos como. 

Se os jatos picoflare forem uma característica regular em todo o Sol, todas essas mini explosões podem ser então a resposta para a força motriz por trás do vento solar.

Reprodução: Nature – Imagens de jatos picoflares obtidas pela espaçonave Solar Orbiter. Crédito: ESA e NASA/Solar Orbiter/Equipe EUI | agradecimento: Lakshmi Pradeep Chitta, Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar

Nosso conhecimento sobre essas questões não vem apenas de uma nave. A Parker Solar Probe da NASA também tem feito suas rondas, investigando o Sol. Ela também identificou mini jatos perto da parte inferior da atmosfera do Sol, e estes também parecem injetar energia no vento solar.

O que é ainda mais empolgante (ou preocupante?) é o momento da atividade do Sol. Ele está em uma de suas fases onde já atingiu ou está bem próximo de atingir o seu pico de atividade, parte de seu ciclo de 11 anos. Isso significa mais manchas solares, mais flares e, em geral, mais ação.

Nos meses de julho e agosto, o Sol apresentou três das mais potentes erupções que podemos esperar, a que aconteceu no dia 7 de agosto resultou em um significativo apagão de rádio na Terra, impactando sinais de navegação

Entender o Sol não é tarefa fácil para a ciência, mas cada nova descoberta é importante para entender questões fundamentais do universo e, como podemos ver, como isso afeta diretamente nossa vida aqui na Terra, não só pelas questões biológicas.

Embora haja muitos mais mistérios sobre o Sol que a ciência ainda precisa desvendar, esse é um passo importante em direção a algumas respostas!


Fonte: Natureartigo completo da Science disponível

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