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Vai tomar banho ou acender a luz? Energia gerada por bucha vegetal pode ser uma alternativa para ajudar o meio ambiente no futuro

A busca por fontes de energia sustentável é uma preocupação mundial. E enquanto a ciência avança, nossos olhos curiosos começam a ver as coisas do cotidiano de um jeito inusitado! Sabe aquela bucha vegetal que a gente usa pra tomar banho?! Aquela coisinha, chamada de esponja luffa, pode gerar energia e acender LEDs!

Por falar em energia sustentável e meio ambiente, você já se perguntou se a camada de ozônio pode ser recuperada? Clica aqui e veja o que cientistas disseram sobre o assunto!

A esponja vegetal é derivada dos frutos secos das plantas de luffa, tem uma textura porosa e é frequentemente utilizada para esfoliação ou limpeza. Mas além dos benefícios que dizem por aí para a pele, ela pode ter um papel inovador no mundo da energia verde.

Os materiais moles, como esponjas e tecidos, têm sido amplamente estudados em campos como robótica e biomedicina, porque possuem a incrível capacidade de produzir energia elétrica quando submetidos a estímulos mecânicos. Pode parecer estranho, mas pense nisso como naquele experimento que a maioria de nós já fez, passando um pente de plástico no cabelo e depois aproximando de um pedaço de papel, onde podemos ver que o papel é atraído pelo pente. Isso é uma forma de eletricidade! 

No entanto, a maioria dos materiais moles não possui uma propriedade chamada piezoeletricidade – que é a habilidade de gerar eletricidade devido à pressão. Aqui entra a flexoeletricidade, que é uma alternativa à piezoeletricidade. Em termos simples, enquanto a piezoeletricidade é gerada por pressão uniforme, a flexoeletricidade acontece com deformações não uniformes, é uma propriedade que alguns materiais têm de gerar uma pequena quantidade de eletricidade quando são deformados de maneira desigual ou irregular. Imagine que, ao dobrar ou torcer esse material de uma forma não uniforme, ele começa a produzir eletricidade

A natureza é cheia de estruturas incríveis desvendadas pela ciência. E os pesquisadores perceberam que as estruturas porosas encontradas em materiais biológicos, como a esponja de luffa, poderiam ser a chave para um aumento significativo da resposta flexoelétrica.

O time da Universidade de Pequim, liderado por Jianxiang Wang, decidiu mergulhar mais fundo nesse potencial. Eles trataram a esponja de luffa para remover certos polímeros, mantendo apenas uma forma cristalina de celulose. E o que eles descobriram foi surpreendente: ao pressionar um pedaço de 6mm dessa esponja tratada, ela gerou até 8 nanoamperes de eletricidade. Ainda mais impressionante foi quando essa energia foi armazenada em capacitores – a esponja foi capaz de acender brevemente seis luzes LED.

Será uma nova alternativa para gerar energia sustentável?

Mas calma que ainda não dá pra usar uma esponja vegetal para gerar energia para carregar nosso celular! Enquanto a esponja de luffa pode fornecer uma abordagem amiga do meio ambiente e econômica para produzir energia para pequenos dispositivos, ainda existem algumas barreiras.

Por exemplo, para carregar algo como um celular, precisaríamos de uma esponja de luffa bem maior do que a que temos no banheiro. Mas Wang é otimista. Ele acredita que se for possível criar uma versão artificial dessa esponja, imitando sua microestrutura e propriedades, poderíamos potencialmente aumentar a quantidade de eletricidade produzida.

Reprodução: umdash9 | Crédito: Getty Images/iStockphoto

No entanto, nem todos compartilham do mesmo entusiasmo. Andrew Bell, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, é um pouco mais cético quanto à praticidade dessa abordagem, apontando que, em comparação com outros materiais piezoelétricos, como o titanato de zircônio e chumbo, a esponja de luffa tem uma razão de poder elétrico muito menor em relação ao esforço mecânico aplicado. Em suas palavras, ele não investiria em plantações de luffa tão cedo como fonte de energia.

Entretanto, mesmo com os céticos, a pesquisa é empolgante e tem implicações amplas. Conceber materiais que convertam facilmente a deformação mecânica em energia é de extrema importância tecnológica. A esponja de luffa, com sua propriedade de flexoeletricidade, apresenta uma perspectiva promissora para colheita de energia, detecção e várias outras aplicações, e por ser biodegradável e abundante, é importante olhar para seu potencial!

A necessidade de encontrar alternativas para geração de energia que não prejudique o meio ambiente continua no radar dos cientistas e para aos olhos dos entusiastas da ciência uma esponja de banho é menos banal agora, né?

Fonte: New Scientist

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