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Google Cloud: Inteligência artificial contra a lavagem de dinheiro

O Google Cloud está trazendo uma ferramenta de inteligência artificial anti-lavagem de dinheiro para os bancos, que promete ser um divisor de águas. 

Antes, os bancos confiavam muito na sagacidade humana para detectar transações ou clientes suspeitos, e agora o Google Cloud está propondo uma mudança drástica: inteligência artificial no controle dessa bagunça financeira.

A novidade da Alphabet se chama Anti Money Laundering AI. Uma API (Interface de Programação de Aplicativos) que tem como missão combater a lavagem de dinheiro através da inteligência artificial. Grandes nomes do mundo financeiro já estão testando a nova ferramenta, como o HSBC de Londres, o Banco Bradesco do Brasil e o Lunar, um banco digital com sede na Dinamarca.

Por que isso é importante? 

Porque muitas ferramentas de inteligência artificial atualmente usadas no mercado dependem de regras predefinidas pelos humanos, o que pode gerar falsos positivos e levar a uma perda de eficiência. É isso que a ferramenta do Google Cloud quer mudar.

A ideia é que, com essa abordagem “IA primeiro“, as instituições financeiras poderão evitar as armadilhas habituais das ferramentas antilavagem de dinheiro. Esses sistemas costumam gerar uma tonelada de alertas, muitos dos quais acabam sendo irrelevantes – ou, como eles gostam de dizer no mundo financeiro, “falsos positivos”. Pesquisas sugerem que até 95% dos alertas gerados por essas ferramentas são falsos positivos.

Espera, para tudo! 95%? Isso é muita coisa, né?

O Google Cloud está apostando que sua tecnologia pode reduzir drasticamente esses números. No caso do HSBC, a ferramenta  baseada em inteligência artificial conseguiu diminuir o número de alertas desses falsos positivos em até 60%. Ao mesmo tempo, aumentou o número de “verdadeiros positivos” – ou seja, os casos que realmente merecem atenção.

Mas adivinhem, tem um plot twist nessa história. Apesar desses avanços, nem todos estão prontos para abraçar a IA. As instituições financeiras têm que justificar suas estratégias de conformidade para os reguladores, e algumas delas ainda estão presas à abordagem tradicional de programar cada detalhe de seus sistemas.

Um problemão: A inteligência artificial é tão “boa” quanto os humanos que a treinam 

Pois é, a IA ainda tem falhas igual aos seres humanos que a treinam. Então, ainda que seja um avanço, também há limitações.

Para combater essas preocupações, a ferramenta do Google Cloud traz a “explicabilidade“. Em vez de simplesmente fornecer alertas de transações, a ferramenta utiliza uma série de dados para identificar instâncias e grupos de alto risco. Quando um cliente é sinalizado, a ferramenta também fornece informações sobre as transações subjacentes e os fatores contextuais que levaram à pontuação de alto risco.

Com essa nova abordagem, a expectativa é que as instituições financeiras consigam focar onde realmente estão os riscos e evitar a sobrecarga dos sistemas. 

Podemos perceber o quanto o Google Cloud está mexendo as cartas do jogo de compliance no setor financeiro. Não é segredo que a luta contra a lavagem de dinheiro tem sido um desafio gigantesco para os bancos. Os sistemas atuais, apesar de ajudarem a rastrear possíveis atividades suspeitas, ainda são bastante dependentes da intervenção humana.

Neste momento inicial a intervenção humana aparece como fundamental. Então coloca-se de suma importância a qualificação dos responsáveis por treinar essa IA para que ela realmente tenha o efeito esperado. Replicando os mesmos erros, ainda se percebe uma necessidade de treinamento adequado, é preciso parar de replicar os mesmos erros que acontecem hoje. Ao que tudo indica, ainda tem chão…

Se vai dar certo, é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: a inteligência artificial está mudando a forma como lidamos com a segurança financeira.

Fonte: Wall Street Journal

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