O ChatGPT é o hype do momento na inteligência artificial, e quando coloca o Google no meio, o alvoroço é maior ainda!
O pessoal da DeepMind, que é nada menos que um laboratório de pesquisa do Google, está dizendo que o próximo modelo de linguagem deles vai entrar na briga com o ChatGPT.
…E já estão dizendo que querem entrar para levar a melhor!
Vem aí uma treta de gigantes!
Como o Google pretende competir com o ChatGPT?
Segundo a galera da revista Wired, a DeepMind está usando técnicas que eles aplicaram no AlphaGo.
Para quem não lembra, o AlphaGo foi aquele sistema de IA que mandou muito bem, e foi o primeiro a ganhar de um jogador humano profissional no jogo de tabuleiro Go. É com estratégias deste sistema que eles estão criando o Gemini, um chatbot que promete ser um grande rival para o ChatGPT.
Se tudo correr como planejado, o Gemini vai ser capaz de planejar ou resolver problemas, além de analisar textos. É o que garantiu o CEO da DeepMind, o Demis Hassabis, em um papo com o Will Knight da Wired.
Hassabis contou que podemos pensar no Gemini como uma combinação do que o AlphaGo tem de melhor com as incríveis capacidades de linguagem dos grandes modelos. E tem mais: disseram que estão preparando ainda mais novidades para o novo sistema.
É claro que a DeepMind não está de bobeira. Com toda a experiência que a empresa tem em aprendizado por reforço, que foi fundamental para a vitória do AlphaGo, a expectativa é que eles apliquem tudo isso no domínio da IA generativa.
Agora, vale dizer que o Gemini não é o primeiro contato da DeepMind com modelos de inteligência artificial generativa para textos. Ano passado eles apresentaram o Sparrow, um chatbot que, segundo Hassabis, tem menos probabilidade do que outros modelos de linguagem de dar respostas “inseguras” ou “inapropriadas” às perguntas. Em janeiro, ele disse à Time que a DeepMind consideraria lançar o Sparrow para um beta privado ainda este ano. Até o momento, não se sabe se esses planos ainda estão em andamento.
Mas o Gemini é, sem dúvidas, o projeto mais ambicioso da DeepMind nessa área até agora. Segundo a revista The Information, tem até altos executivos da Google, incluindo o Jeff Dean, participando diretamente do projeto.
A corrida para dominar a IA generativa está só começando, e tem muita gente de olho nisso. De acordo com a Grand View Research, o mercado de inteligência artificial generativa – que inclui IA de análise de texto como o Gemini – pode chegar a incríveis 109,37 bilhões de dólares até 2030, um aumento de 35,6% em relação a 2023.
Para os usuários…
Com toda essa movimentação no mundo da inteligência artificial, surge uma reflexão: a rivalidade entre o Google e a OpenAI pode ser algo benéfico para nós, usuários?
Disputas entre gigantes afastam, cada vez mais, a possibilidade de desaceleração do avanço da tecnologia relacionada à inteligência artificial. Essa hipótese parece não se colocar mais, e o jeito é encarar o novo momento. Todos estamos aprendendo sobre tudo isso.
Essa corrida para que a marca seja a primeira a ser lembrada em algum nicho específico pode ser vista sob uma perspectiva positiva: Quando empresas desse porte competem entre si, tendem a ouvir mais seus usuários em relação às mais variadas questões, a fim de buscar melhor posicionamento no mercado.
Além da óbvia otimização dos sistemas de IA, a maior presença dessas ferramentas tornam inadiáveis também as questões sobre todos os impactos, positivos e negativos, diretos e indiretos, sobre uma sociedade imersa nessa nova realidade.
Fonte: TechCrunch
