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Vovôs e vovós conectados: Idosos podem ter mais qualidade de vida com conversas virtuais, segundo estudo

Um estudo recente com idosos apontou como as conversas na internet podem ser uma ferramenta valiosa na melhoria da função cerebral em adultos mais velhos. Conduzido por pesquisadores do Massachusetts General Hospital e publicado na revista The Gerontologist, o estudo I-CONECT revelou que conversas virtuais regulares podem combater significativamente o isolamento social e seus efeitos prejudiciais à cognição e ao bem-estar emocional de idosos.

O isolamento social é um problema crescente, especialmente entre a população idosa, exacerbado por eventos recentes como a pandemia de COVID-19, e as consequências vão além da solidão, afetando a saúde mental e física. Nesse cenário, a equipe liderada por Hiroko H. Dodge, investigadora principal dos estudos financiados pelos Institutos Nacionais de Saúde, buscou maneiras inovadoras de intervir, utilizando a tecnologia como uma ponte para reconectar os idosos ao mundo exterior.

Efeitos nos idosos das conversas online

O I-CONECT foi projetado para investigar se interações digitais regulares poderiam melhorar a função cognitiva e o bem-estar emocional de idosos socialmente isolados. A pesquisa envolveu 186 participantes com 75 anos ou mais, que foram aleatoriamente designados para o grupo de intervenção ou controle.

Os participantes do grupo de intervenção engajaram-se em conversas por vídeo quatro vezes por semana durante os primeiros seis meses, e depois duas vezes por semana nos seis meses seguintes. Essas sessões de 30 minutos eram guiadas por temas diários e auxiliadas por prompts visuais para estimular a discussão. Os entrevistadores eram treinados para garantir que as interações fossem tanto envolventes quanto desafiadoras cognitivamente.

O grupo de controle, por outro lado, não participou das conversas por vídeo, mas recebeu chamadas telefônicas semanais de 10 minutos para uma checagem emocional.

Após seis meses de intervenção, o grupo que participou das videochamadas apresentou melhorias significativas nas métricas globais de testes cognitivos, com efeitos ainda mais pronunciados entre aqueles com comprometimento cognitivo leve. Ao final do estudo, esses participantes também mostraram melhores funções relacionadas à memória em comparação ao grupo de controle.

Interessantemente, ambos os grupos — intervenção e controle — relataram melhorias no bem-estar emocional, o que sugere que qualquer forma de contato social regular, mesmo breve, pode ter efeitos benéficos.

Um achado notável foi a maior conectividade na rede de atenção dorsal do grupo de intervenção, detectada através de imagens cerebrais, uma área que é essencial para a manutenção da atenção visuo-espacial, crucial para muitas atividades diárias.

Estimulada pelos resultados positivos e pelos pedidos dos participantes para continuar as conversas, a equipe de Dodge fundou a Fundação I-CONNECT, uma organização sem fins lucrativos que agora oferece interações sociais para idosos isolados, utilizando os mesmos métodos do estudo original.

O sucesso do I-CONECT abre caminho para futuras investigações sobre como as interações virtuais podem ser utilizadas para reduzir o risco de demência e tratar sintomas depressivos leves a moderados. Além disso, a equipe de pesquisa está explorando o uso de chatbots — robôs treinados em inteligência artificial para fornecer conversas estimulantes — como uma intervenção de baixo custo. Esses chatbots poderiam, teoricamente, simular interações humanas para estímulo cognitivo, uma possibilidade que está atualmente sob investigação.

Então já sabe… na hora de brigar com os vovôs e vovós quando eles ficam de conversa na internet, é melhor estimulá-los! Importante destacar que a base desse estudo está na importância das relações sociais que utilizam a tecnologia como meio de viabilizá-las. 

Através dessas conversas na internet, os idosos têm a oportunidade de ter mais bem-estar através do estímulo cognitivo. Quem tem esses adultos em idade avançada em casa pode buscar orientá-los como melhor utilizar as ferramentas disponíveis proporcionando a habilidade de operar e buscar conteúdo que os ajude nessa construção de uma vida melhor através da tecnologia.

Fonte: NeuroscienceNews

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