A inteligência artificial impacta significativamente o mundo dos negócios, e as ações de tecnologia estão bombando. As “Big Five” americanas – Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft – tiveram um aumento de 60% no preço de suas ações desde janeiro! Outros impactos podem ser visto em empresas como Nvidia, cujo preço das ações triplicou. Isso porque essas empresas estão valendo 10 vezes mais do que a média das empresas no S&P 500.
Tudo começou com o lançamento do ChatGPT, a ferramenta de texto com sistema de IA generativa. Essa tecnologia cria conteúdos incríveis, desde poesias até vídeos. Isso tem feito os investidores vibrarem com as possibilidades de uso.
Os executivos das grandes empresas têm se esforçado para mostrar como estão adotando essa tecnologia. Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, disse que seu banco tem 600 engenheiros de aprendizado de máquina e mais de 300 aplicativos internos usando IA. E a lista de empresas investindo nisso não para de crescer.
Mais dados que mostram o impacto da inteligência artificial
No entanto, esses casos individuais são apenas a ponta do iceberg. Para ter uma visão mais ampla sobre quem e como estão adotando a IA, foi realizada uma análise pelo The Economist com todas as empresas do S&P 500. Essa análise olhou para cinco medidas: patentes que mencionam IA, atividades de capital de risco voltadas para empresas de IA, aquisição de empresas de IA, vagas de emprego citando IA e menções de tecnologia nas teleconferências de resultados.
Essa análise deixou claro que o interesse em inteligência artificial é generalizado e está crescendo rapidamente. Cerca de dois terços das empresas americanas postaram anúncios de emprego mencionando habilidades de inteligência artificial nos últimos três anos. Hoje, são 5,3% das vagas listadas, um aumento significativo em relação à média de três anos de 2,5%.
Com base nos dados fornecidos por Amit Seru da Universidade de Stanford, houve um aumento no número de patentes relacionadas a essa tecnologia entre 2020 e 2022. A empresa de pesquisa PitchBook concluiu que as startups de IA estarão envolvidas em quase 25% das negociações de capital de risco feitas por empresas do S&P 500 em 2023, um aumento em relação aos 19% em 2021.
Recentemente, a gente também falou aqui sobre como a corrida para dominar a inteligência artificial acirrou a rivalidade entre Google e OpenAI. Você pode conferir clicando aqui.
Não são só as empresas de tecnologia que se destacam
Além de empresas com foco em tecnologia, dois tipos de empresas se destacam no avanço da adoção de IA. Um é a indústria intensiva de dados, como seguradoras, empresas de serviços financeiros e provedores de saúde. A outra categoria inclui indústrias que sofreram o impacto negativo, e agora estão implementando essa tecnologia para aprimorar seus negócios principais, como fabricantes de carros, telecomunicações, mídia e varejo.
No entanto, existem os mais atrasados. Quase 70 empresas no S&P 500 não mostram sinais em nenhuma das 5 métricas mencionadas de foco em IA.
A inteligência artificial e seus riscos
A IA ainda apresenta riscos, e não são poucos. Prova disso foi o que aconteceu com a Samsung, em maio. A empresa aprendeu sobre esses perigos da maneira mais difícil, quando descobriu que funcionários haviam carregado código sensível no ChatGPT, possibilitando o armazenamento desses dados em servidores externos.
Além disso, há uma série de questões legais em torno da inteligência artificial, desde violações de direitos autorais até questões de responsabilidade. Mas, no fim das contas, para muitas empresas as potenciais vantagens parecem superar os riscos.
E por falar em riscos, clicando aqui você pode encontrar um artigo falando sobre 5 pontos para pensar em uma implementação responsável da inteligência artificial.
As ondas de tecnologia muitas vezes transformam as indústrias, e a IA promete ser uma onda das grandes. As organizações olham para os problemas éticos, legais, mas também olham para o risco de “ficarem para trás”.
Os problemas estão na mesa, as oportunidades também. É importante ficar de olho no movimento dessas gigantes gringas porque os impactos tendem a serem sentidos no mundo todo, provocando as companhias, em nível global, a se colocarem cada vez mais diante da nova realidade com a inteligência artificial.
Fonte: The Economist
