O YouTube está fazendo uma revolução com o poder da inteligência artificial. Já imaginou um mundo onde as barreiras linguísticas em vídeos simplesmente não existem? Pois é, é exatamente isso que vem por aí!
Vem aí o novo dublador assistido por inteligência artificial (IA) do YouTube, diretamente da equipe da Aloud, um projeto nascido no berço de inovação do Google, a famosa incubadora Area 120.
Durante o VidCon 2023, o YouTube já havia anunciado seus planos de integrar o Aloud à plataforma, e agora rolou!
O que fará essa inteligência artificial?
Vamos a um pouquinho de ciência para entender melhor o que está por trás dessa novidade: o que o Aloud faz é transcrever seu vídeo, criando um roteiro que pode ser revisado e editado. Em seguida, a AI entra em ação para traduzir e produzir a dublagem.
Quer ver essa mágica acontecendo? Dá uma olhada neste vídeo que explica o processo direitinho.
Um detalhe: Este vídeo já foi feito usando essa tecnologia. Estando logado na nossa conta, onde tem a localização “Brasil”, clicamos neste link e o vídeo já apareceu dublado em português. Tá certo que deu uma misturada com o nosso português e o português de Portugal, mas já é um grande avanço!
Até o momento não encontramos em nenhum lugar dizendo que a dublagem é feita automaticamente devido à geolocalização, mas parece que foi o que aconteceu neste caso da Aloud. Entramos e quase que instantaneamente o título do vídeo mudou para português e toda a narrativa foi no mesmo idioma.
Na atual fase de testes, para se beneficiar dessa inteligência artificial, a orientação é para mudar o idioma pelo menu de configurações, mas pelo que aconteceu ao clicarmos, nós aqui achamos que isso vai ser automático.
Bom, considerando a importância que o YouTube dá aos criadores, pode ser uma possibilidade.
Em que pé estamos…
Ainda não está disponível para todo mundo, mas a boa nova é que a ferramenta já está sendo testada por centenas de criadores, conforme informou Amjad Hanif, do YouTube, em uma declaração à The Verge. No momento, o Aloud suporta apenas alguns idiomas, incluindo inglês, espanhol e português, mas a promessa é que mais idiomas sejam adicionados em breve.
Mesmo que ainda exista um número limitado de idiomas, o Aloud já se mostra uma ferramenta muito útil, considerando que cada vez mais criadores estão adicionando dublagens em vários idiomas aos seus vídeos por causa da inteligência artificial. E se você acha que é uma voz estilo assistentes virtuais tipo a Siri do iPhone, vai perceber que não é nada disso. A voz não é robotizada, e já apresenta uma dinâmica bem interessante.
E claro, isso tende a ser aprimorado!
Tem mais novidade do YouTube!
Ainda mais legal é o que vem por aí: o YouTube está trabalhando para fazer com que as faixas de áudio traduzidas soem como a voz do criador original do vídeo, com mais expressão e sincronização labial, segundo Hanif. Essas atualizações são esperadas para 2024, informou a porta-voz Jessica Gibby.
Se quiser conferir um exemplo do trabalho do Aloud que já está em teste hoje, clica AQUI, dá uma olhada neste vídeo do canal Amoeba Sisters e mude para a faixa de áudio em espanhol. É só clicar no ícone de configurações e depois em “Faixa de áudio”.
Por que essa inteligência artificial no YouTube importa tanto?
Dá pra notar um aumento significativo na popularidade de filmes e séries estrangeiros nos últimos anos. Isso levou plataformas de streaming como a Netflix a direcionar mais atenção ao conteúdo multilíngue, e o YouTube está seguindo a mesma tendência.
As empresas entenderam que alcançar o público internacional em sua própria língua é muito mais efetivo do que apenas disponibilizar legendas. Isso acaba beneficiando tanto os criadores de conteúdo quanto as próprias plataformas de streaming. Maior alcance, mais engajamento.
Sob o mote: “Vamos superar a barreira do idioma do vídeo juntos.”, a Aloud e o YouTube prometem, com essa inteligência artificial, acabar com os processos demorados de tradução, edição de vídeo e produção de áudio.
É mais uma amostra de como a tecnologia e a inovação, juntas, estão redefinindo a maneira como consumimos conteúdo digital.
Isso é o futuro com menos barreiras!
Fonte: The Verge
