Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Regulação da Inteligência Artificial: Criptografia pode ser uma solução

A regulação da Inteligência Artificial que já entrou em pauta por gigantes como a OpenAI, Google e Microsoft, se depara com mais iniciativas para superar os desafios que surgem à medida que essa tecnologia avança. 

Você já está por dentro da união voluntária das gigantes de BigTech para discutir a regulação da IA? Clica aqui para ver as metas para o próximo ano e os pilares que sustentam o Frontier Model Forum.

regulacao-inteligencia-artificial-

O mundo está cada vez mais obcecado por conteúdo movido a inteligência artificial. No entanto, o elefante na sala é que muitas vezes é difícil dizer se um conteúdo é gerado por IA ou por um humano. A Casa Branca quer que as empresas achem uma maneira de mostrar quando o conteúdo foi gerado por IA, e a União Europeia em breve vai demandar que certas plataformas de tecnologia identifiquem suas imagens, áudio e vídeos criados por inteligência artificial com “etiquetas destacadas” para revelar suas origens sintéticas.

Pode parecer fácil, mas não é. Os métodos atuais para detectar esses conteúdos feitos por IA Generativa, como ferramentas de detecção de IA e técnicas de marca d’água, têm sido uma decepção, com sua confiabilidade e precisão questionáveis. É aqui que entra o C2PA, a Coligação para a Proveniência e Autenticidade do Conteúdo, que faz parte da organização sem fins lucrativos Joint Development Foundation. Trata-se de um protocolo universal da internet que está provocando uma mudança significativa no jogo. 

Lançado pelos gigantes da tecnologia como Adobe, Arm, Intel, Microsoft e Truepic, o C2PA agora conta com um robusto elenco de mais de 1.500 membros, incluindo nomes como Nikon, BBC, Sony e – em breve – Shutterstock, com o objetivo de rotular todo o seu conteúdo gerado por IA usando o protocolo. Com um aumento impressionante de 56% na adesão em apenas seis meses, não há dúvida de que o C2PA está ganhando impulso no mundo da tecnologia.

Então, qual é o grande negócio com o C2PA? Para começar, ele usa criptografia para codificar informações sobre a origem do conteúdo, um pouco como um rótulo de nutrição, mas para o conteúdo da web. Ao contrário dos sistemas de detecção de inteligência artificial e técnicas de marca d’água, o C2PA vincula cada pixel a um conjunto de hashes criptográficos. É como ter uma impressão digital embutida para cada pixel. São as chamadas 

Essa abordagem ajuda a identificar o conteúdo gerado por inteligência artificial com maior precisão, fornecendo um sistema padronizado, e é por isso que as pessoas têm se animado muito com ele. Pense nisso – com informações de proveniência embutidas na mídia, podemos lutar contra a desinformação, e as pesquisas iniciais parecem promissoras nesse sentido.

Desafios da regulação da Inteligência Artificial

Mas, como já era de se esperar, iniciativas assim enfrentam desafios a serem superados. O C2PA não é legalmente vinculativo e não aborda o uso indevido da inteligência artificial por atores mal-intencionados. É como ter um sistema de segurança super avançado, mas a chave ainda está debaixo do capacho. Além disso, o protocolo requer adesão dos criadores e, embora seja um indicador da origem do conteúdo, não garante a veracidade ou precisão do conteúdo em si.

O maior obstáculo, no entanto, reside na adoção do C2PA em toda a internet, especialmente nas plataformas de mídia social, os terrenos férteis para o conteúdo gerado por inteligência artificial. Embora o Twitter tenha inicialmente aderido, eles desistiram depois que Elon Musk assumiu o comando. E sem a adesão de outras grandes plataformas de mídia social, a eficácia do protocolo poderia ser bastante diminuída.

Em suma, o C2PA oferece uma maneira inovadora e promissora de avançar nas questões sobre a responsabilidade no uso da inteligência artificial, mas não é uma cura mágica e imediata para todos os problemas. O protocolo requer colaboração, transparência e comprometimento de todos os interessados, desde empresas de tecnologia a usuários finais, para ter sucesso.

Com o avanço vertiginoso da inteligência artificial não é surpresa que movimentos como esse logo chegariam. Talvez seja um momento importante para que essas ferramentas dêem possibilidades de produzir mais quantidade para quem já tem qualidade de conteúdo, independente dessas ferramentas!

Fonte: MIT Technology Review

Futuro Relativo

Futuro Relativo

Um espaço de divulgação, de diálogo, de pensar e porque não dizer, de construir o futuro 🪐
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors