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Já pensou em trabalhar na Lua? As explorações espaciais estão abrindo novas possibilidades para os humanos!

Tecnologia, robôs, exploração espacial, a Lua… O fascínio sobre esses assuntos é crescente, já percebeu? E não é para menos, o avanço das ciências nesse sentido não para de nos surpreender. Por isso pensar em robôs na Lua não parece mais fora da realidade, nem soa mais tanto como ficção científica, mas é sempre surpreendente cada novidade que surge. E aqui vai mais um daqueles momentos incríveis!

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Créditos Imagens: Kauê Peinado para Futuro Relativo

Já faz mais de meio século que os humanos pisaram na Lua pela última vez. Já deu bastante tempo para aproveitarmos os frutos daquela missão, mas a ciência mostra que ainda há muito para descobrir, e é por isso que a exploração lunar não pode parar! Agora o objetivo é não apenas voltar à Lua, mas buscar uma maneira para que os humanos vivam e trabalhem por lá, além de também servir, posteriormente, como uma estação intermediária para possíveis missões no espaço profundo.

Os protagonistas desse retorno à Lua são os robôs. Mais de uma dúzia de veículos robóticos estão programados para pousar em território lunar ainda nesta década, todos com uma série de missões e objetivos.

Com o suporte da NASA, empresas privadas como a Astrobotic e a Intuitive Machines estão preparando suas missões. A Astrobotic planeja enviar sua sonda Peregrine One carregando vários instrumentos que estudarão a superfície lunar, além de um pequeno robô explorador. Já a Intuitive Machines, com seu lander Nova-C, pretende aterrizar na região do polo sul lunar, algo inédito. A missão também contará com um telescópio para obter imagens do centro da Via Láctea a partir da Lua, e alguns dados lunares de demonstração.

E os planos não param por aí. A Astrobotic pretende enviar um rover da NASA chamado VIPER para explorar as crateras eternamente sombreadas e procurar por água congelada. Por sua vez, a Intuitive Machines planeja enviar um pequeno veículo que irá explorar por dentro de uma dessas crateras escuras operando uma broca para a NASA.

Essas empresas, e muitas outras, estão recebendo milhões em financiamento governamental. A ideia da NASA é expandir a atividade comercial na Lua, assim como já tem feito em órbita terrestre com empresas como a SpaceX. Nujoud Merancy, chefe do Escritório de Planejamento de Missões de Exploração da NASA no Johnson Space Center, no Texas, diz que o objetivo é retornar à Lua, abrir uma economia lunar e continuar explorando Marte.

Os robôs vão e depois os humanos

Mas claro que os robôs não serão os únicos a explorar a Lua. Em novembro de 2024, se tudo correr como planejado, a missão Artemis II enviará uma tripulação de quatro astronautas ao redor da Lua em uma missão de 10 dias na espaçonave Orion da NASA. E o mais legal é que a missão Artemis II está se preparando para encarar missões bem mais longas no futuro!

Também em 2024, o primeiro módulo da nova estação espacial da NASA perto da Lua, chamada Gateway Lunar, deve ser lançado. Tudo isso preparando o caminho para o retorno dos humanos em 2025, a bordo do veículo Starship da SpaceX, parte do projeto Artemis III.

Porém, ainda tem muita água pra rolar! A Starship precisa provar que consegue decolar da Terra e ser reabastecida no espaço, ainda mais depois de um teste que deu errado em abril de 2023. Tem gente duvidando vai dar para cumprir essa meta até 2025. “Seria muito otimista pensar em um pouso em 2029“, afirma Jonathan McDowell, astrônomo lá do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, em Massachusetts.

Como para tudo que é novo e audacioso, existem desafios. E, por isso, a atuação dos robôs será essencial para garantir a segurança e o sucesso dessas missões.

Por falar em novidade, você viu o papo sobre o telescópio da NASA, Euclid, que foi enviado para investigar os mistérios da energia e matéria escuras? Clica aqui pra ver essa iniciativa que promete romper paradigmas!

Leis da Lua

Reprodução: NASA

Com tudo isso acontecendo, as leis internacionais em relação à Lua demandam uma revisão. Por enquanto, a maior parte das atividades espaciais é regida pelo Tratado do Espaço Exterior, que foi assinado em 1967, mas tem muita coisa nebulosa por ali.

Estamos entrando em territórios novos, como plataformas espaciais privadas e instalações de mineração na Lua, para os quais não existe um precedente governamental claro“, diz Scott Pace, especialista em política espacial da Universidade George Washington e ex-secretário executivo do Conselho Espacial Nacional dos EUA.Precisamos ser responsáveis pelas atividades no espaço“, completou.

Chris Johnson, assessor de direito espacial para a Secure World Foundation nos EUA, fala em discussões acontendo nas Nações Unidas nos próximos cinco anos ou mais pra resolver algumas dessas questões. “Vamos precisar de regras para zonas de silêncio de rádio, estradas lunares entre vales e crateras, e plataformas de pouso na Lua“, ele diz. Ou talvez, se rolar uma emergência com astronautas de diferentes países na Lua, “todo mundo tem que se abrigar no refúgio mais próximo, seja o seu ou de outra pessoa“, ele acrescenta.

A NASA já deu os primeiros passos nessa direção, conseguindo que países assinassem seus Acordos Artemis, que são um conjunto de diretrizes sobre atividades lunares. Mas essas regras não têm força de lei. “Só temos um conjunto de princípios“, diz Johnson.

Essas missões já consideram ir muito além da Lua, o que pode nos levar a uma nova era de viagens espaciais. “Com a Estação Espacial Internacional, aprendemos a viver e trabalhar na órbita terrestre baixa“, diz Muir-Harmony, curador do National Air and Space Museum em Washington, DC.Agora temos essa oportunidade de aprender a fazer isso em outro corpo celeste, e depois viajar para Marte – e talvez outros lugares.” 

Tá pensando em mudar de emprego? Já pensou mandar um currículo pra trabalhar na Lua?! Ficção científica que nada!

Fonte: MIT Technology Review

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