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Sonecas e outras dicas para treinar o cérebro e a inteligência real, – que supera a artificial, segundo especialista

Sonecas e exercícios de memória parecem exercitar o cérebro! Estes hábitos simples, que podem ser incorporados na nossa rotina diária, podem ser um fator decisivo na redução do risco de demência relacionada à idade.

Ao contrário do que se pode pensar, treinar a cognição dependendo constantemente de smartphones para informações rápidas parece não ser a melhor solução para cultivar a inteligência humana de maneira consistente parapromover um envelhecimento saudável e vigoroso. Um novo estudo destaca a superioridade da inteligência humana sobre a dita artificial e oferece dicas práticas para manter a mente afiada e funcional ao longo dos anos.

Mohamed I. Elmasry, professor emérito de Engenharia Elétrica e Computação na Universidade de Waterloo, é um especialista renomado em design de microchips e inteligência artificial que lançou recentemente o livro “iMind: Artificial and Real Intelligence“, no qual defende a superioridade da inteligência real (RI – real intelligence) em comparação à inteligência artificial (IA). Segundo Elmasry, a capacidade de armazenamento, a eficiência energética e a durabilidade do cérebro humano são incomparáveis, superando em muito as capacidades dos dispositivos inteligentes atuais.

Elmasry argumenta que, embora os dispositivos inteligentes estejam se tornando cada vez mais avançados, eles ainda estão longe de replicar as capacidades do cérebro humano. Ele usa o exemplo de seus netos, que tiveram que recorrer ao Google para lembrar o nome da capital de Cuba, apesar de terem acabado de voltar de uma viagem ao país. Esse episódio ilustra como os jovens estão se tornando excessivamente dependentes dos aplicativos de IA em seus smartphones, em detrimento do desenvolvimento da sua própria inteligência e memória.

Treinando o cérebro

Para promover um envelhecimento cerebral saudável, Elmasry sugere algumas práticas diárias simples que qualquer pessoa pode incorporar em sua rotina:

1. Sonecas Diárias: Tirar um cochilo à tarde pode ajudar a refrescar a memória e outras funções cerebrais e corporais.

2. Exercícios de Memória: Jogos de memória e exercícios cerebrais diários são fundamentais. Eles ajudam a testar e desenvolver a memória de maneira intencional.

3. Redução do Uso de Smartphones: Em vez de buscar respostas rápidas no Google, tentar lembrar ou pesquisar informações de outras maneiras pode ser benéfico para a saúde do cérebro.

Elmasry destaca a importância de desenvolver a memória associativa – um método no qual o cérebro liga novas informações a conhecimentos já existentes. Práticas como ler em voz alta e usar todos os sentidos nas atividades diárias ajudam a transformar encontros cotidianos em experiências plenamente vividas, potencializando a capacidade do cérebro de reter e processar informações.

Além dos exercícios de memória e das sonecas, adotar um estilo de vida saudável desde cedo é crucial para a manutenção da saúde cerebral. Elmasry recomenda o que muitos de nós já está cansado de ouvir por aí, mas é importante lembrar:

  • Manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais pode ajudar a prevenir a demência.
  • Reduzir ou eliminar o consumo de álcool pode diminuir significativamente o risco de desenvolvimento de demência.
  • Revisar e ajustar os hábitos de vida já nos 20 e 30 anos pode ter um impacto positivo a longo prazo na saúde do cérebro.

Comparação entre inteligência real e artificial

No livro “iMind“, Elmasry explora a história do design de microchips, aprendizado de máquina e IA, destacando como essas tecnologias funcionam e como se comparam com o cérebro humano. Ele argumenta que, apesar dos avanços tecnológicos, a inteligência artificial ainda não pode igualar a velocidade, precisão, capacidade de armazenamento e outras funções do cérebro humano. Ele enfatiza que o cérebro, com cuidados apropriados, pode durar e funcionar bem por 100 anos ou mais, enquanto a vida útil de um smartphone é em torno de 10 anos.

Elmasry defende mudanças políticas que promovam o envelhecimento saudável. Ele sugere, por exemplo, transformar os bingos em centros de aprendizado ativo e estimulante, em vez de apenas locais de entretenimento sedentário. Ele também apela para uma maior atenção pública e política à importância do envelhecimento saudável, comparando sua relevância à das mudanças climáticas, mas lamentando que não receba a mesma atenção.

Cuidar do cérebro não é apenas uma questão de evitar doenças, mas também de aumentar a qualidade de vida à medida que envelhecemos. Implementar práticas simples como sonecas diárias, exercícios de memória, e adotar um estilo de vida saudável pode fazer uma diferença significativa na saúde cerebral, aprimorando ainda mais o que já em nós supera a inteligência artificial.

A mensagem central do professor Elmasry é clara: nossa inteligência real é nosso maior bem, e deve ser cuidada e nutrida para garantir um envelhecimento saudável e ativo. Aqui no Brasil, se você quiser ler o livro de Elmasry, vai estar disponível na Amazon a partir do dia 29 de agosto (em inglês)!

Fonte: Neuroscience News

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