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Declínio cognitivo causado por Parkinson é detectado com precisão por IA

A IA mostrou avanços para lidar com Doença de Parkinson. Usando aprendizado de máquina, pesquisadores previram com precisão o declínio cognitivo dos pacientes. Eles combinaram dados demográficos, clínicos e genéticos, treinando o modelo com uma série de características, compararam as pontuações dos pacientes ao longo do tempo e o resultado foi impressionante!

Ah! Aqui você pode conferir alguns outros avanços da medicina que foram possíveis por causa da IA. Clica aqui.

Se você já conheceu alguém com Doença de Parkinson (DP), provavelmente está familiarizado com seus sintomas físicos desafiadores. No entanto, além dos tremores e desafios de movimento, há outro lado que muitas vezes é esquecido: o declínio cognitivo, que é tão significativo e impactante quanto seu equivalente físico, causando mudanças monumentais no processamento de informações, atenção e memória.

É comum que se associe a doença às suas manifestações físicas, mas o aspecto cognitivo pode ser igualmente debilitante, senão mais. Por isso, abordá-lo precocemente pode melhorar drasticamente os resultados dos pacientes. E a IA vem para ajudar nesse sentido.

Um estudo recente publicado pela Nature tratou de prever o declínio cognitivo através de aprendizado de máquina, utilizando informações do banco de dados Parkinson’s Progression Markers Initiative, relativas a 213 pacientes com DP, média de idade em torno de 61,5 anos (e uma maioria masculina de 63,8%).Para melhores resultados, os pesquisadores usaram um coquetel de resultados de testes clínicos, marcadores de líquido cefalorraquidiano (LCR), imagens cerebrais por ressonância magnética, genética e mais. Até detalhes básicos como idade e sexo desempenharam um papel.

No estudo, eles utilizaram o MoCA (Avaliação Cognitiva de Montreal), um pequeno teste que dura cerca de dez minutos que ajuda a identificar problemas leves na capacidade de pensar e lembrar. Esse teste analisa várias habilidades do cérebro, como atenção, memória, linguagem e até mesmo habilidades visuais e de cálculo, se mostrando um método confiável. A diferença nas pontuações entre os dois momentos deu uma imagem clara da progressão ou regressão cognitiva.

A IA foi treinada para utilizar a grande variedade de dados em um fluxo que pudesse ser eficiente, buscando padrões da Doença de Parkinson e prevendo resultados. O aprendizado de máquina funcionou incrivelmente bem, o erro médio absoluto foi de apenas 1,98 pontos, e com um valor R-quadrado(R2) de 0,63, as previsões foram impressionantemente precisas.

O erro médio absoluto é como a média de todos os pequenos erros nos palpites, para mais ou para menos, e o R-quadrado é uma forma de medir o quão bem um modelo se ajusta aos dados, e é determinado em um valor entre 0 e 1, onde valores mais próximos de 1 indicam que o modelo se ajusta bem.

Falando em declínio cognitivo, dá uma conferida como a IA também ajudou a apresentar novas perspectivas sobre o assunto no caso do Alzheimer. Clica aqui pra conferir!

Quais as perspectivas para o futuro da Doença de Parkinson?

Primeiro e acima de tudo, o estudo destaca o potencial fenomenal da IA através do aprendizado de máquina para a previsão de declínio cognitivo em pacientes com Parkinson. Os resultados sugerem que uma combinação de características clínicas, de imagem e genéticas pode, de fato, aprimorar essas previsões.

Imagine as implicações disso: Se pudermos prever com precisão o declínio cognitivo, podemos identificar precocemente os pacientes em risco, fornecendo uma janela valiosa para intervenções oportunas e quem sabe até mesmo interrompendo ou desacelerando o declínio.

Mas, como qualquer estudo, há limitações. Esta pesquisa em particular pode não ser generalizável em todos os aspectos, e a ausência de validação externa é uma restrição tangível. Um exemplo dessas limitações é que ele se baseou em um número não grande o suficiente de participantes e usou apenas um teste (o MoCA) para medir as mudanças na saúde mental. 

Além disso, o modelo de computador que eles usaram não foi testado fora desse contexto e também não foram exploradas as razões biológicas por trás das mudanças na saúde mental em pacientes com Parkinson. No entanto, novos avanços podem alavancar dados longitudinais, explorar características adicionais e ampliar o escopo.

A IA, por meio do aprendizado de máquina, não é apenas um termo da moda, é uma ferramenta com implicações profundas no mundo real. A Doença de Parkinson é só uma das muitas doenças que podem estar diante de perspectivas otimistas para o futuro. 

Fonte: Nature – artigo completo disponível

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