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Inspirada pelo cérebro humano, a IA pode estar diante de uma nova era de aprendizado

Parece cada vez mais indiscutível que nosso cérebro inspira o desenvolvimento da  inteligência artificial, que tem impressionado com suas capacidades. Ela pode ler, conversar, analisar enormes volumes de dados e até mesmo recomendar decisões de negócios. No entanto, apesar dessas habilidades avançadas, a IA ainda enfrenta limitações críticas, principalmente quando se trata de interagir com o mundo físico e de realizar tarefas complexas sem depender de enormes quantidades de exemplos de treinamento. 

Parece cada vez mais indiscutível que nosso cérebro inspira o desenvolvimento da  inteligência artificial, que tem impressionado com suas capacidades. Ela pode ler, conversar, analisar enormes volumes de dados e até mesmo recomendar decisões de negócios. No entanto, apesar dessas habilidades avançadas, a IA ainda enfrenta limitações críticas, principalmente quando se trata de interagir com o mundo físico e de realizar tarefas complexas sem depender de enormes quantidades de exemplos de treinamento. 

Kyle Daruwalla, um pesquisador da Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL) especializado em NeuroAI, está explorando maneiras inovadoras de superar esses obstáculos computacionais. Em suas investigações, ele encontrou inspiração em uma das máquinas mais poderosas e eficientes em termos de processamento e consumo de energia: o cérebro humano.

O cérebro humano é uma maravilha da natureza em termos de eficiência computacional e energética, processando informações de maneira incrivelmente eficaz, ajustando constantemente suas conexões neurais com base nas novas informações que recebe. Inspirado por essa capacidade, Daruwalla desenvolveu um novo modelo de IA que imita esse processo natural.

Em vez de processar dados de forma linear e consumir grandes quantidades de energia, como as redes neurais artificiais tradicionais, o modelo de Daruwalla permite que os neurônios artificiais recebam feedback e se ajustem em tempo real, melhorando a eficiência do processamento de dados, e reduzindo significativamente a necessidade de mover dados através de vastas distâncias dentro da rede neural, economizando energia.

Os neurônios artificiais são as unidades básicas da rede neural que processam informações. Eles ajustam suas conexões (ou pesos) com base no feedback que recebem. Esse feedback é gerado pelo sistema de IA, que monitora o desempenho dos neurônios e identifica erros ou áreas de melhoria. Assim, quando um neurônio comete um erro, ele recebe feedback imediato sobre como ajustar suas conexões para melhorar o desempenho futuro.

Notadamente, um dos aspectos mais inovadores desse novo modelo é a capacidade de realizar ajustes em tempo real. Nas redes neurais artificiais convencionais, as atualizações geralmente ocorrem em ciclos completos, onde todos os neurônios são ajustados simultaneamente. Em contraste, o modelo inspirado no cérebro permite que cada neurônio se ajuste individualmente com base no feedback instantâneo que recebe. Isso é semelhante ao funcionamento do cérebro humano, onde as conexões neurais estão em constante evolução, adaptando-se continuamente sem a necessidade de interrupções.

Além disso, a pesquisa de Daruwalla traz à tona uma correlação fascinante entre a memória de trabalho e o aprendizado. A memória de trabalho é o sistema cognitivo que nos permite manter o foco em uma tarefa enquanto acessamos conhecimentos e experiências armazenadas. Este novo modelo de IA fornece evidências de que a memória de trabalho desempenha um papel crucial no aprendizado, uma teoria que, até agora, carecia de provas concretas.

Essa inovação tem o potencial de revolucionar a próxima geração de IA, tornando-a não apenas mais eficiente, mas também mais acessível. Com um modelo que aprende de maneira semelhante ao cérebro humano, a IA pode se tornar uma ferramenta ainda mais poderosa, capaz de realizar tarefas complexas com maior facilidade e menor consumo de recursos.

Além disso, essa abordagem representa um momento de convergência para os campos da IA e da neurociência. A neurociência tem fornecido insights valiosos para o desenvolvimento da IA por muitos anos. Agora, com esta nova tecnologia, a IA pode começar a retribuir, oferecendo novas maneiras de entender e explorar o funcionamento do cérebro humano.

Você já viu essa visão detalhada do cérebro humana, que foi alcançada recentemente de uma forma jamais vista? Clica aqui pra ver as dificuldades e realizações a partir de 1 milímetro cúbico do cérebro!

Compreendendo o cérebro humano pelos avanços da IA

O modelo desenvolvido por Daruwalla não só avança o campo da IA, mas também traz novas perspectivas para a neurociência. Ao demonstrar uma ligação clara entre a memória de trabalho e o aprendizado, essa pesquisa abre novas possibilidades para estudar e entender como nosso cérebro processa e retém informações.

Essa descoberta pode ter implicações significativas para o desenvolvimento de técnicas de ensino e métodos terapêuticos, fornecendo uma base científica para abordagens que buscam melhorar a memória e a capacidade de aprendizado em indivíduos.

A criação de uma IA inspirada no cérebro humano marca um avanço significativo na tecnologia de aprendizado de máquina. Ao permitir que os neurônios artificiais ajustem suas conexões em tempo real com base no feedback imediato é possível aumentar a eficiência do processamento de dados e reduzir o consumo de energia, tornando a IA mais sustentável e acessível, apontando também para uma relação intrínseca entre a IA e a neurociência, trazendo benefícios tangíveis para diversas áreas da sociedade.

Fonte: Neuroscience News

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