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Meta desmistifica a programação: Nova IA gera e explica códigos

A Meta quer mesmo se destacar no campo da IA Generativa. Depois de lançar a sua ferramenta que também traduz pela fala mais de 100 idiomas, agora vem com uma novidade que promete revolucionar a nossa relação com a programação: o Code Llama. E aqui o que interessa é ir direto ao ponto para que você tenha uma visão geral do que está rolando.

Créditos: gguy para Shutterstock

O que torna a nova ferramenta da Meta tão especial?  

O Code Llama não é apenas um modelo qualquer de inteligência artificial, ele é um sistema capaz de gerar e, acredite se quiser, explicar códigos em linguagem natural. Estamos falando de uma ferramenta que abraça linguagens como Python, C++, Java, PHP, e várias outras. É como ter um colega virtual que te ajuda a programar!

Você pode clicar aqui para começar a usar!

Após lançar modelos impressionantes voltados para texto, tradução e áudio, a empresa percebeu o potencial do open source para impulsionar a inovação. Em um post recente, a Meta comentou sobre a importância de uma abordagem aberta, principalmente quando se trata de modelos de linguagem voltados para codificação. Eles acreditam que modelos de código disponíveis ao público podem acelerar o desenvolvimento de tecnologias que realmente fazem a diferença.

Code Llama vs. outros modelos 

O Code Llama, um lançamento da Meta, é comparável a outras ferramentas como GitHub Copilot, Amazon CodeWhisperer e geradores de código alimentados por IA como StarCoder, StableCode e PolyCoder. Ele tem a capacidade de complementar e depurar códigos em diversas linguagens, incluindo Python, C++, Java e outras. A Meta destaca a importância de uma abordagem aberta para esses modelos de IA, visando inovação e segurança. Eles enfatizam que o compartilhamento público desses modelos facilita o desenvolvimento tecnológico e permite uma revisão comunitária para identificar e corrigir falhas.

A técnica do Code Llama

Ao treinar o Code Llama, a Meta recorreu ao conjunto de dados anteriormente empregado para o Llama 2, composto por uma variedade de fontes encontradas livremente pela web, e agora deram um destaque especial, ou melhor, priorizaram aquela porção de dados que estava saturada de códigos. Em outras palavras, o Code Llama mergulhou mais profundamente na intersecção entre código e linguagem natural, comparado ao seu “antecessor”, o Llama 2.

Cada um dos modelos do Code Llama varia de tamanho, de 7 bilhões a impressionantes 34 bilhões de parâmetros, e foram treinados com até 500 bilhões de tokens de código. Isso é gigantesco!

Porém… 

Como toda tecnologia emergente, o Code Llama tem seus desafios. Existem preocupações genuínas relacionadas à segurança

Uma equipe de pesquisa de Standford destacou que algumas ferramentas de inteligência artificial têm o potencial de gerar códigos que, embora pareçam corretos, escondem vulnerabilidades de segurança.

Há também uma preocupação significativa sobre a propriedade intelectual no universo da geração de código. Alguns modelos, embora não explicitamente o Code Llama, são treinados com código sob direitos autorais ou licenças restritas. Isso pode fazer com que, ao serem acionados de uma forma específica, reproduzam esse código protegido. Tal prática pode colocar empresas em risco legal, caso implementem, sem perceber, sugestões desses modelos em seus softwares.

Além disso, ainda que não amplamente documentado, há o temor de que tais ferramentas sejam usadas para fins mal-intencionados, como a criação de códigos maliciosos. Existem relatos de tentativas de manipular esses modelos para encontrar vulnerabilidades ou criar conteúdo enganoso.

Quando se trata do Code Llama da Meta, o treinamento e a avaliação foram realizados internamente com um grupo de 25 colaboradores. No entanto, notou-se que o modelo, embora não crie ransomware quando solicitado diretamente, pode ser levado a desenvolver algo semelhante, dependendo da forma como a solicitação é apresentada.

💡 Ransomware é um tipo de software malicioso (malware) que criptografa os arquivos do usuário, tornando-os inacessíveis, e em seguida exige um pagamento (resgate) para descriptografar e restaurar o acesso aos dados.

A Meta está ciente dos desafios. Em um post compartilhado com o Tech Crunch, a empresa ressaltou que o Code Llama pode, em determinadas situações, gerar respostas imprecisas ou questionáveis. Eles enfatizam a importância de os desenvolvedores testarem e ajustarem o modelo conforme a necessidade.

A nova ferramenta da Meta traz novas possibilidades de descomplicar o complexo mundo dos códigos computacionais. O fato é que toda inteligência artificial não desobriga que os humanos estejam atentos à segurança quanto ao uso de dados e os resultados gerados por essa tecnologia.

Fonte: Tech Crunch

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